A História do Extintor de Incêndio começa há muitos séculos atrás. Os primeiros extintores eram mecanismo bem primários, documenta-se que o criador seria um matemático e engenheiro do império grego denominado Ctesíbio de Alexandria, responsável pela invenção de diversos mecanismos usados pela história e aprimorados durante o império romano.
O extintor de incêndio criado por Ctesíbio, era denominado por “Bomba de incêndio“ e é datado por volta de 200 AC, consistindo de uma combinação entre uma bomba de pressão e um bomba aspirante.
Posteriormente surgiria uma ferramenta aprimorada durante o império romano denominado “Seringa”, que formava-se de um cilindro e um pistão usado para imprimir pressão. Localizado na extremidade do cilindro se ajustava uma redução.
Os cilindros eram preenchidos com água e fazia-se pressão com o pistão, obrigando assim a água ser expelida com certa força. Esse tipo de extintor foi usado do período entre o império romano até aproximadamente o fim do século XII na Inglaterra.
Ainda neste período durante a Idade Média, os dispositivos começaram a popularmente serem denominados por “esguichos” uma leve evolução da “seringa romana” e foram utilizados para aplicar jatos de água nas chamas dos incêndios.
O “extintor esguicho” tinha seu funcionamento muito semelhante a o de uma bomba de bicicleta, seu bocal era mergulhado na água para ser carregado e então o bocal era direcionado para o fogo, ejetando a água com alguma pressão através do acionamento de um êmbolo.
Posteriormente houve uma inovação significativa no segmento deste dispositivo quando por volta do século 18 o médico alemão M. Fuchs criou algumas esferas fabricadas em vidro e que eram preenchidas com soluções salinas, estas esferas eram então atiradas nas chamas para extinguir ou remediar os incêndios.
Todos estes modelos de extintor possuíam um desempenho bastante limitado quando usados, já que na maioria dos casos demandavam de muito esforço no manuseio e carga e como sabemos o fogo possui grande velocidade e capacidade de se alastrar principalmente se as condições ou materiais ajudarem.
Os extintores tal como conhecemos hoje tem sua origem no ano de 1813, criação patenteada neste ano do capitão britânico George William Manby. A ferramenta então conhecida como extincteur, era formado de um cilindro com capacidade de 13,6 litros fabricado em cobre e que agia baseado em ar comprimido e um agente antichamas.
O cilindro cotinha em seu interior ¾ desta solução antichamas que era uma solução liquida de carbonato de potássio, também conhecida como “cinzas peroladas“, o restante do espaço do recipiente era preenchido com ar comprimido.
O militar britânico teve a sua ideia de criar sua versão de extintor em Edimburgo, quando presenciou um edifício ser consumido em chamas, por um incêndio iniciado no quinto andar e que não pode ser contido em seu inicio, pois naquela época as mangueiras não conseguiam chegar a altura do quinto andar. O incêndio que não pode ser contido acabou consumindo todo o quarteirão da edificação.
O acontecimento convenceu Manby que a água era essencial para o combate as chamas, mas ela deveria mesmo que fosse em quantidades pequenas ser aplicada logo no inicio, sendo critico o fato da agilidade em sua intervenção para conter um desastre tal qual havia presenciado. Posteriormente mesmo grandes quantidades de agua sendo usadas dificilmente conseguem surtir efeito contra um incêndio, dado que as chamas conseguem se alastrar em altíssima velocidade e causar enormes danos materiais e humanos.
O francês François Carlier, no final do século 19 por volta de 1866, desenvolveu uma versão de extintor de soda-ácido. Este modelos continha uma ampola de vidro carregada com ácido tartárico que quando era rompida, se misturava a uma solução de água e bicarbonato de sódio, criando pressão suficiente para que a solução fosse expelida.
Ainda no fim do mesmo século nos idos do ano de 1872 Thomas J. Martin, (um inventor americano) aprimorou o extintor de incêndio anteriormente criado pelo militar britâncio George Manby. Thomas foi responsável em sua versão aperfeiçoada por iniciar o uso prático de uma espuma química armazenada no cilindro e propelida por nitrogênio ou dióxido de carbono.
Ainda no inicio do século vinte, no ano de 1904, o modelo de extintor de incêndio de espuma química foi aperfeiçoado por um professor e inventor russo chamado Aleksandr Grigoryevich Loran (chamado de várias formas como Alexander Laurant or Aleksandr Lovan or Aleksandr Lavrentyev).
Já no século XX por meados de 1910, iriam surgir os primeiros extintores contendo agentes líquidos vaporizantes. O primeiro destes agentes foi o tetracloreto de carbono, introduzido por uma empresa americana denominada Pyrene, mas mesmo esses modelos de extintores obtendo altíssima eficiência no combate aos incêndios, o extintor liberava vapores tóxicos e em reação com as chamas resultavam na geração de cloreto de hidrogênio e fosgênio, outras substâncias altamente tóxicas. Estes modelos de extintor utilizando tetracloreto de carbono seriam removidos do mercado na década de 50.
Nos Estados Unidos em 1920, Walter Kidd Company desenvolveria extintores com o uso de CO2 a pedido da empresa Bell Telephone, já que havia a preocupação de as centrais telefônicas que superaqueciam e ofereciam riscos de panes elétricas se os extintores usassem outros agentes químicos. O extintor de CO2 (Dióxido de Carbono) da Walter Kidd Company, consistia de um cilindro de metal que continha 3 quilos e 400 gramas do agente, e possuía uma válvula e uma mangueira. Este modelo de extintor possui grande aceitação até os dias atuais, sendo bastante utilizado nos incêndios classes B e C.
Pouco tempo se passaria e em 1928, a companhia denominada DuGas (que anos depois seria adquirida pela empresa ANSUL), acabou por patentear um modelo de extintor químico seco, que utilizaria o agente bicarbonato de sódio que recebia um tratamento especial com outras substâncias químicas que conseguia manter o modelo leve e resistente. O modelo criado pela Dugas tornaria-se o primeiro agente extintor disponível para incêndios em larga escala e provocados por combustíveis líquidos ou gases. A partir da década de 50 estes modelos de extintores passariam também a serem comercializados para o uso residencial.
No período seguido ao fim da Segunda Guerra, em torno de 1940, surgiria na Europa especificamente na Alemanha o clorobrometano líquido, componente que passaria a ser utilizado em aeronaves. Este fato introduziria oficialmente no mercado o termo ‘”íquido vaporizante”. Mas o clorobrometano líquido possuía como característica que sua combustão e vapores resultassem na produção de efeitos tóxicos, no caso de ambientes confinados resultando até mesmo em mortes, dado a este fato sua fabricação seria proibida na década de 60.
O halon 1211 iria da Europa para os EUA na década de 1970. O modelo Halon 1301 foi criado pela tradicional e polivalente companhia DuPont em parceria realizada junto ao exército americano no ano de 1954. Os dois modelos de extintor atuam na inibição da propagação do fogo. Estes modelos são usados ainda atualmente em aplicações militares e aeronáuticas, porém alguns países possuem restrições legais e ambientais para estes instrumentos.
Como podemos observar os extintores atuais tiverem um longo caminho de mais de dois mil anos até se tornarem a ferramenta, leve, eficaz e segura que utilizamos nos dias atuais e graças a constante inovação das empresas atuais muitas tragédias são evitadas por termos um equipamento simples e eficaz a mão.
Os extintores atuais são encontrados com uma grande variedade de materiais usados na sua composição e de seu agente, o que os tornam adequados a serem utilizados em um tipo específico de situação, bem como demandam observar e realizar a manutenção de sua carga com frequências diferentes.
Atualmente esses diversos tipos de origem de fogo, e os extintores são classificados em várias classes que garantem sua eficácia durante a aplicação no tipo de fogo adequado ao seu agente antichamas. Essas classificações e o conhecimento para a escolha adequado do equipamento é extremamente importante para a segurança e o combate a incêndios de todos os tipos sejam eles originados por sólidos, líquidos ou elétricos.
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